terça-feira, 30 de setembro de 2014

O lugar onde melhor se fala português no Brasil é o Maranhão?

Com o aumento da demanda internacional por algodão para atender a indústria têxtil inglesa e à redução da produção norte americana por causa da Guerra de Independência nos Estados Unidos, formou-se um cenário ideal para a produção algodoeira no Maranhão no século XVIII. Nesse período considerado a fase de ouro da economia maranhense, São Luís passou a viver uma efervescência cultural. A cidade, que se relacionava mais com as cidades européias do que com outras cidades brasileiras, foi  a primeira a receber uma companhia italiana de ópera. Possuía calçamento e iluminação como poucas do país. As últimas novidades da literatura francesa eram recebidas semanalmente.
É nessa fase que São Luís passa a ser conhecida por “Atenas Brasileira”. A denominação decorre do número de escritores locais que exerceram papel importante nos movimentos literários brasileiros a partir do romantismo. Surgiu, assim, a imagem do Maranhão como o estado que fala o melhor português do país. A primeira gramática do Brasil foi escrita e editada na cidade por Sotero dos Reis . Mesmo nos dias atuais a cidade ainda tem uma grande vocação natural para a literatura e poesia.
Seria por isso, o Maranhão considerado como o lugar onde melhor se fala o português ?
No livro “Preconceito Lingüístico”*, o autor desmistifica no mito 5, o fato de que o Maranhão é o lugar onde melhor se fala o português. Seus argumentos giram em torno de pesquisas sociolingüísticas que afirmam o fato do melhor falar não depender da região geográfica. Como ele mesmo cita no livro :
“Toda variedade lingüística atende às necessidades da comunidade de seres humanos que a empregam. Quando deixar de atender, ela inevitavelmente sofrerá transformações para se adequar às novas necessidades. Toda variedade lingüística é também resultado de um processo histórico próprio, com suas vicissitudes e peripécias particulares”.
Bagno cita também um exemplo de uma entrevista onde o professor Pasquale Cipro Neto diz que realmente o português do Maranhão não é o melhor falado, e sim, que o carioca é o cidadão que melhor fala português. O autor usa essa ilustração da entrevista de Pasquale, para reforçar sua idéia de que não há local onde se fale o melhor ou o pior português, e sim que isso depende da posição social que o brasileiro possui diante da norma culta do português.
“…as pessoas das classes cultas de qualquer lugar dominam melhor a norma culta do que as pessoas das classes não cultas de qualquer lugar..”
Ainda na fala do professor Pasquale Cipro Neto, em sua entrevista á revista Veja, ele fala sobre o horror que é o português falado pelos paulistanos :
“ a São Paulo que fala “dois pastel”e “acabou as ficha” é um horror. Não acredito que o fato de ser uma cidade com grande número de imigrantes seja uma explicação suficiente para esse português esquisito dos paulistanos. Na verdade, é inexplicável”.
Segundo o autor do livro, é impossível chegar a essas conclusões pela falta de argumentos científicos por parte do professor Pasquale. Não há uma especificidade de faixa etária, classe social ou nível de instrução das pessoas as quais trata o professor.
O autor também comenta acerca dos erros de concordância já citados acima, dizendo que esses erros são facilmente encontrados na fala dos cariocas; para comprovar isso, o autor cita gravações do projeto CENSO que investiga o uso da língua no Rio de Janeiro nas classes sociais não cultas ( pessoas que não cursaram universidade ). Além disso, o autor cita a existência destes mesmos erros em todo o Brasil e até em Portugal – comprovando este último com a citação do trabalho da professora Maria Marta Scherre.
Enfim, podemos concluir que a idéia principal é a de que a regionalidade não implica em maior ou menor grau de obediência das normas cultas da língua, o que determina essa obediência é o nível de instrução de cada indivíduo, de modo que as classes menos favorecidas social e culturalmente tendem a desviar, na fala, um pouco da representação escrita da língua. As variações são inevitáveis, devido a atributos de descendência e segmentos de hábitos locais, mas a norma culta da escrita não fica prejudicada porque pessoas em determinados locais não seguem, na fala, os padrões formais da escrita.
*Referência
Preconceito Linguístico – Marcos Bagno
fonte: http://fabioprocopio.wordpress.com/2009/08/11/o-lugar-onde-melhor-se-fala-portugues-no-brasil-e-o-maranhao/

domingo, 28 de setembro de 2014




Todos os domingos no jornal Atos e Fatos e jornal Extra, da cidade de São Luís, O escritor Armindo Buaes tem um de seus poemas do seu livro "VOCÊ" publicados. Alguns dos versos publicados fazem parte do seu novo livro de crônicas "Pétalas da Sabedoria" - Seu quarto livro escrito e o primeiro em co autoria com sua tia Dalva Maria, escritora.

Hoje, 28/09/2014. "Um imêmore desolado" foi o verso publicado.

"FERIDAS SEM CURA".Tema de hoje, em minha coluna nos jornais da cidade.




quarta-feira, 24 de setembro de 2014

#AmoSãoLuís

Com o caos em que se encontra nosso miserável sistema carcerário, PEDRINHAS, gerando o caos na cidade de São Luís através de greves, escolas e universidades sem aulas, atos de vandalismos tendo como resultados ônibus queimados e centros comercias depredados, pessoas privando-se em suas casas e gente morrendo, estamos em guerra. Pois não existe paz enquanto existe guerra! Aí você pode se perguntar: Podemos ainda acreditar em nossos sonhos? Podemos acreditar que um dia tudo isso será invertido e poderemos dormir sem cadeados nas portas, andar livremente sem medo e verdadeiramente “sermos livres?”. A resposta é SIM!
Tudo o que está acontecendo em nossa cidade são fruto de pessoas corruptas postas no governo por mim e por você desmerecedoras de tal privilégio. Uma oligarquia governou por 50 anos nosso estado, e o que hoje nós temos? Temos a superlotação dos presídios que é resultado das políticas de “segurança pública” deste velho Estado fascista, que nega a grande parte da população pobre o mínimo de assistência e lhe impõe inúmeras mazelas como o desemprego, a falta de educação e as mais execráveis condições de existência. E, quando parte dos jovens recorrem ao crime e são encarcerados, são tratados como animais nas masmorras que chamam de presídios, onde vivem pior que animais: o sistema carcerário não reabilita ninguém, pelo contrário. Os castigos que sofrem não estão inseridos em suas penas, vão além: transformam-se num doloroso processo de punição aos pobres.
Mas nossa São Luís é linda, É a única cidade brasileira fundada por franceses, Reunindo mais de 3.000 edificações, o Centro Histórico de São Luís possibilita ao visitante a vertiginosa sensação de uma viagem através do tempo. Viagem de primeira classe, se considerarmos a homogeneidade e imponência do casório colonial, inspirador de pintores, romancistas e poetas.
Parcialmente recuperado e preservado, o Centro Histórico de São Luís possui áreas que mais parecem hoje o cenário de uma superprodução de época, o que não estar longe da verdade, pois a famosa Praia Grande já serviu de cenário para “Carlota Joaquina”, de Carla Camuratti, e para uma produção portuguesa sobre o Padre Antonio Vieira, dirigida pelo cineasta Manoel de Oliveira.
O bairro histórico, onde se concentrou a fervilhante atividade de São Luís do passado, ostenta hoje mais de 200 edificações restauradas em mais de 10,7 hectares. Transformada em cartão visita de São Luís, é uma das áreas de maior concentração dos turistas, que se sentem personagens principais de uma historia que se desenrola sob os pés e diante de seus olhos quase sempre maravilhados.
Meu apelo é que os que estão no topo da pirâmide não deixem nossa cidade se destruir. Peço que olhem pelo povo maranhense e resgatem alguns valores perdidos. Resgatem nossa paz e alegria. E principalmente, resgatem o título de Athenas Brasileira. Pois tudo que uma pessoa é capaz de planejar, ela é capaz de realizar. E não precisamos de forma alguma apagar a luz do próximo, para que a nossa brilhe.
‪#‎Eu‬ acredito que o quadro atual de nossa cidade no futuro será como velhos quadros esquecidos e empoeirados guardados naquele quartinho de bregueços. Faça de seus pensamentos a força de que você precisa e terá o que precisa! Diante de tudo, só podemos torcer e esperar que tudo seja bom. Pois o mal não pode ser combatido com o mal, mas com o bem! 


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sábado, 20 de setembro de 2014

Sobre o caso do PM que matou camelô em SP - Opnião

O soldado da Polícia Militar Henrique Dias Bueno de Araújo, preso anteontem após matar o camelô Carlos Augusto Muniz Braga, de 30 anos, na Lapa (zona oeste de São Paulo), responde a processo por outro homicídio cometido seis meses antes do assassinato do ambulante, também durante abordagem policial. Na ocasião, Araújo disparou seis vezes contra um homem que teria reagido à ordem de parada feita pelo soldado e seu companheiro de trabalho.
No vídeo em que mostra-se nitidamente a ação dos PM's na abordagem policial não há soma de dúvidas de que houve falta de preparação por partes dos PM's envolvidos no caso. Pois sob a lei um soldado somente pode dar tiro de advertência (Em ocasiões restritas) e ou por legítima defesa e ainda assim em membros inferiores (Braços e pernas).
"Mas e quanto ao policial morto no Maiobão há alguns dias por bandidos? Pra quem não soube, o policial (Subtenente) presenciou o assalto num ponto comercial e disparou nas pernas dos bandidos mas acabou errando, levando dois tiros logo em seguida, um no tórax e outro na região do abdômen. Ou seja, o subtenente morreu fazendo a coisa certa por causa dessa lei cheia de brechas que diz que não se pode atirar em bandido. Bandido não tem pena de ninguém, então por que ter pena dele?"
Todavia a despreparação policial não adveio toda em cima dos três PM's, mas do Batalhão em que os soldados servem. Pois onde estariam as algemas para mobilizar o ambulante na ação? Por que será que o batalhão não dispunha das mesmas para ajudar seus soldados em ações como essas? Ou quem sabe até dispunha, mas simplesmente não deu valor para sua importância.
Caso fossem usadas algemas, não seriam necessário três soldados mobilizarem-se para conter o ambulante, já que estaria teoricamente mobilizado.
E se houve despreparação por parte dos soldados, significa que o Batalhão em que os mesmos servem não os preparou bem. Pois quem forma um soldado é o sargento ou comandante de G.C de um batalhão. Para assim formarem-se oficialmente soldados e estarem aptos a ir para as ruas.
Mas nessa história toda, o ambulante que morreu também errou. Pois uma pessoa "normal" se arriscaria a partir pra cima de um policial armado? Você faria isso? Pois sé, eu também não faria e penso que a grande maioria também não faria. Então o Ambulante não polpou sua própria vida e mesmo agindo por emoção, sabia dos riscos que corria.
Então não errou somente o policial Henrique Dias Bueno de Araújo, mas "todos" erraram, o que acabou resultando numa fatalidade.

- ARMINDO BUAES -

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Moro num país "miserável"!

Já fui vítima cinco vezes de assaltantes e só nesse ano foram dois, onde perdi dois celulares; Moro num país onde a lei do desarmamento veio somente para desarmar o cidadão do bem, e o bandido continua armado com armas que deveriam ser de uso exclusivo da polícia; Moro num país onde se você atirar nas costas de um bandido você é condenado, mas se ele atirar em você aí tudo bem; Moro num estado governado por uma oligarquia que se pendura por 50 anos e o Maranhão tem hoje um dos piores índices de desenvolvimento humano do Brasil, O estado tem o pior índice na distribuição de médicos, conta com um dos piores programas de saúde preventiva e ainda assim tem candidato do grupo "sarneysista" que com a cara de pau quer ser governador desse mísero estado; Moro num país onde abortar uma criança pode porque ela não é considerada ainda um ser vivo, mas se um organismo microscópico for encontrado em Marte aí temos vida; Moro num país onde uma pessoa sem estudos que rouba vai pra Pedrinhas, mas se um doutor roubar ele é preso numa prisão melhor, afinal ele é melhor que os ostros e tem ensino superior; Moro num bairro totalmente sem segurança pública, pois as viaturas estão fazendo ronda nas ruas de prédios luxuosos dos bairros nobres Calhau e Ponta da Areia; Moro no BRASIL! Esse país rico de recursos naturais e cheio de gente bonita. Mas cheio de safados e aproveitadores que com nossa militância elegemos bandidos corruptos e mal caráters.
Não sei você, mas eu não moro na propaganda do PT! ‪#‎DESABAFO‬!

domingo, 14 de setembro de 2014


Todos os domingos no jornal Atos e Fatos e jornal Extra, da cidade de São Luís, O escritor Armindo Buaes tem um de seus poemas do seu livro "VOCÊ" publicados. Alguns dos versos publicados fazem parte do seu novo livro de crônicas "Pétalas da Sabedoria" - Seu quarto livro escrito e o primeiro em co autoria. 

Hoje, 14/09/2014. "Um imêmore desolado" foi o verso publicado.

"Crítica ao PT, sentimento de tristeza por um mísero abandonado, realidade dos menos favorecidos e reflexão de um mundo de pessoas hipócritas e egocêntricas foi o que tentei exprimir na edição de hoje, com "UM IMÊMORE DESOLADO."