sábado, 20 de setembro de 2014

Sobre o caso do PM que matou camelô em SP - Opnião

O soldado da Polícia Militar Henrique Dias Bueno de Araújo, preso anteontem após matar o camelô Carlos Augusto Muniz Braga, de 30 anos, na Lapa (zona oeste de São Paulo), responde a processo por outro homicídio cometido seis meses antes do assassinato do ambulante, também durante abordagem policial. Na ocasião, Araújo disparou seis vezes contra um homem que teria reagido à ordem de parada feita pelo soldado e seu companheiro de trabalho.
No vídeo em que mostra-se nitidamente a ação dos PM's na abordagem policial não há soma de dúvidas de que houve falta de preparação por partes dos PM's envolvidos no caso. Pois sob a lei um soldado somente pode dar tiro de advertência (Em ocasiões restritas) e ou por legítima defesa e ainda assim em membros inferiores (Braços e pernas).
"Mas e quanto ao policial morto no Maiobão há alguns dias por bandidos? Pra quem não soube, o policial (Subtenente) presenciou o assalto num ponto comercial e disparou nas pernas dos bandidos mas acabou errando, levando dois tiros logo em seguida, um no tórax e outro na região do abdômen. Ou seja, o subtenente morreu fazendo a coisa certa por causa dessa lei cheia de brechas que diz que não se pode atirar em bandido. Bandido não tem pena de ninguém, então por que ter pena dele?"
Todavia a despreparação policial não adveio toda em cima dos três PM's, mas do Batalhão em que os soldados servem. Pois onde estariam as algemas para mobilizar o ambulante na ação? Por que será que o batalhão não dispunha das mesmas para ajudar seus soldados em ações como essas? Ou quem sabe até dispunha, mas simplesmente não deu valor para sua importância.
Caso fossem usadas algemas, não seriam necessário três soldados mobilizarem-se para conter o ambulante, já que estaria teoricamente mobilizado.
E se houve despreparação por parte dos soldados, significa que o Batalhão em que os mesmos servem não os preparou bem. Pois quem forma um soldado é o sargento ou comandante de G.C de um batalhão. Para assim formarem-se oficialmente soldados e estarem aptos a ir para as ruas.
Mas nessa história toda, o ambulante que morreu também errou. Pois uma pessoa "normal" se arriscaria a partir pra cima de um policial armado? Você faria isso? Pois sé, eu também não faria e penso que a grande maioria também não faria. Então o Ambulante não polpou sua própria vida e mesmo agindo por emoção, sabia dos riscos que corria.
Então não errou somente o policial Henrique Dias Bueno de Araújo, mas "todos" erraram, o que acabou resultando numa fatalidade.

- ARMINDO BUAES -

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