quarta-feira, 6 de maio de 2015

A ciência como construção cultural e humana – Armindo Buaes

  Nossa cultura é uma mistura de conhecimentos, costumes, hábitos, crenças e definições herdadas de gerações passadas e passadas adiante. A cultura modifica-se com o tempo, e a ciência, está ligada nessa mudança. Lembro-me que há um tempo a ideia de um celular com tecnologias avançadas como tirar foto, gravar vídeos, acessar e-mails, tecnologia GPS, assistir tv e outros utensílios era completamente abstrata, mas não impossível. Antes as drogarias vendiam somente medicamentos. Hoje, pode-se comprar celular, alimentos, sandálias, sacar dinheiro no caixa eletrônico e até mesmo colocar crédito no telefone celular. Daí surge a ideia de Conveniência, onde por exemplo, não vamos mais aos postos de gasolina somente para abastecer o carro, mas para também abastecer muitas outras necessidades. A formação de nossas personalidades e caráteres estão ligadas a esta evolução, nos formamos humanos capazes de aprender com o meio, e interagir de modo a contribuir para a nossa construção humana (Formando nossos pensamentos, ideais, paradigmas, considerações, práticas...), que só acaba quando morremos. Logo, estamos sempre em “evolução”, sempre aprendendo novos conceitos e centralizações numa sociedade cada vez mais complexa.


  A ciência como ferramenta cultural tem ajudado a formar o conhecimento, dessa forma, ajudado a nos formarmos humanos. Nascemos num meio de pessoas altamente dependentes e cada uma delas impregnadas em suas respectivas culturas. A ciência enquanto construção apraz imprópria, em comparação a outros ensaios titulares no prodígio da ciência e admissão na sociedade dos estilos científicos e da arte de construir.
  Há interações essenciais nos paradigmas das ciências, que nos trazem elementos para a formação da cultura principalmente dos cientistas, que precisam usar de seus saberes aprendidos de geração em geração para formular ideias e criar novas análises para impregnarem-se no meio social. Os valores envolvidos na ética social de um grupo ou singular constroem padrões que se estruturarão em culturas de forma a proporcionarem o conhecimento humano. Desta forma, é preciso se pensar de como esse organismo tem evoluído com o tempo, agindo em reciprocidade, criando, recriando e modificando a personalidade, discurso e caráter humanista.
  Como ferramenta de construção humana, temos incorporados os avanços tecnológicos em nosso dia a dia. Temos nos esforçado a dominar e acompanhar os avanços da ciência para que não fiquemos às margens dos progressos. Da mesma forma, num ponto de vista histórico e devaneador, temos construído a nossa própria personalidade humana em cima desses paradigmas. E por vezes, delimitando nossos limites cominados pelos próprios padrões criados.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Ser feliz – Armindo Buaes

Você já parou para pensar se sua felicidade é um estado ou um estilo de vida? Nesse momento, você está ou é uma pessoa feliz? O conceito de felicidade é individual para cada indivíduo, já que cada um de nós fazemo-nos felizes de diferentes formas e maneiras. Alguns precisam de muito dinheiro e conquistas materiais para se tornarem felizes, e outros encontram esse sentimento em uma vida aconchegada, sossegada e em paz. Com diferentes tipos de personalidades, não existe um segredo ou receita para ser feliz. É preciso rever nossos conceitos para chegar a uma conclusão pessoal daquilo que queremos mudar.
  Para estarmos felizes, é muito simples. Um sorriso de alguém especial, o reencontro de um amigo, o time do coração goleando o adversário, ou até comprar algo em que desejamos é o suficiente para alegrar e nos fazermos em uma escala de tempo, felizes. No entanto o segredo não está em como ser feliz, e sim em como prolongar esse momento de durável satisfação, e transformar o estar feliz, em ser uma pessoa feliz! Pois quando se é feliz, se deixa de ser algo inconstante para tornar-se algo diário. Capaz de superar todos os outros sentimentos, já que esta se faz uma emoção predominante.
  A felicidade ocorre pela superação da ambiciosidade e pela inclinação, antes de tudo, ao amor, paz e prazer em fazer o bem. 


  Seja feliz e dê valor na sua vida. Enquanto muitos desprezam a vida que tem, e sofrem a infelicidade de não superar os seus problemas, muitos estão tentando ter uma vida e ainda assim, conseguem serem felizes. Transmita a sua felicidade, não guarde-a apenas para você, um simples Bom dia e Boa tarde pode alegrar o coração de alguém e criar elos nessa corrente do bem. Não sei se quem estar lendo até aqui estar, é, ou ainda tenta encontrar a felicidade. Mas não esqueça que quando a tempestade da vida vier, por mais violenta e duradoura que seja, mas alegre o seu coração e abra um belo sorriso, pois quando ela passar, você verá o Arco-íris. 

sábado, 2 de maio de 2015

Abandono... Pais desnaturados! – Armindo Buaes

 Homens que constroem outras famílias, por vezes têm outros filhos e muitas vezes sofreram o mesmo na infância e ainda assim conseguem ser cruéis e egoístas a ponto de não acarinharem, protegerem, ajudarem um ser do seu sangue, que não pediu para nascer. Mas abandonar um filho não é literalmente joga-lo no desamparo de um lixo ou “deixa-lo” com alguém. Mas não dar atenção, coloca-lo em segundo plano, renunciá-lo e não estar presente mesmo quando se está longe são atitudes consideradas de abandono. As mães também sofrem, mas se tornam pai, mãe e determinadas para superar aos seus filhos a falta do pai. Assim os filhos têm uma ótima formação, graças à determinação e persistências da mãe. E mesmo “remando contra a maré”, certos filhos não ficam com sequelas de depressão e com ótima formação cultural e emocional estes alcançam sucesso. “Deus dar o frio conforme o cobertor”! E ser mãe é ser também psicóloga, professora, enfermeira e até pai em casos como esses. Não ser materializado com consequências de abandono e não criar dores onde não há feridas, são lições que filhos abandonados principalmente pelo pai, têm que aprender.



  O Estado brasileiro tem deixado de cumprir seu papel de protetor das famílias e, em vez disso, colabora para o abandono dos filhos. "O Estado se desresponsabiliza, culpabilizando a família por ter "fracassado" no seu papel de cuidado, porém não oferece a mínima proteção pública para as mesmas. Onde, a proteção social em tempos de neoliberalismo é cada vez mais precarizada e fragmentada." - Mariana Bastos
  Quem nasce na favela, por exemplo, cresce numa sociedade violenta, com poucas escolhas a serem feitas. Mas isso não impede em nada de alcançar o sucesso, apenas dificulta. E assim, que o "abandono" não seja motivo para os filhos crescerem e se inclinarem para o erro. Muito pelo contrário, que seja motivo para dar a volta por cima, crescer na vida, e mostrar futuramente à esses pais desnaturados, que você não dependeu deles para alcançar sucesso. E um dia, não é mais você que sentirá a falta deles, mas será o contrário, eles recorrerão e necessitarão da sua atenção. 

sexta-feira, 1 de maio de 2015

A condição da liberdade – Armindo Buaes

  
  Qual a condição da liberdade? Será que liberdade significa sair por aí agindo e fazendo o que você quer, e sem sofrer as consequências de seus atos? E será que todos nós somos livres, livres para pensar e protestar, livres para expressar nossas ideias e julgamentos?
  A condição da liberdade está diretamente ligada às políticas culturais de cada lugar e às responsabilidades de seus dotadores. O que pode ser livre num lugar, do outro lado do mundo pode ser completamente inaceitável e condenável. Mas vejamos o significado de liberdade: Se não trazemos danos e prejuízo num grupo ou no singular, a liberdade é o livre arbítrio para agir por vontade própria. Ou seja, existe uma condição para sermos livres. E liberdade é isso! Agir em reciprocidade com suas condições e deveres enquanto cidadão, condenados a acatar as condições para gozar da liberdade! Um detento, por exemplo, após deleitar-se da liberdade condicional, tem direito de não cumprir toda a sua pena dentro da cadeia. Podendo normalmente ter a sua vida social fora do presídio, e mesmo assim, se encaixa no grupo de pessoas mofadoras da liberdade.
  A liberdade é uma concessão dada para todos os cidadãos. Que desde a homologação da lei Áurea em meados de 1800, os escravos tornaram-se por fim, livres. Mas ainda assim, existem escravos. Só que dessa vez não são capturados e obrigados pelos seus senhores à servi-los. Mas são ludibriados e enganados pela mídia, escravizados por acreditar nas informações manipuladas – Que para muitos, só dispõem desse recurso –, privados de seus sonhos e almejos enquanto seres humanos. Muitos são escravos por que querem, porque cada um tem o poder de fazer a diferença e trazer a mudança. Mas o medo, o conformismo e a ideia de que está tudo bem comparado à outros núcleos, acorrentam o escravos privando-os de suas liberdades.
  A proposta dessa crônica é para você não pensar como a maioria pensa. Acreditar que por detrás da cortina da grande peça, rola corrupção e ladroagem no grande banquete dos poderosos. Que enquanto você finge que está tudo bem e finge ser liberto, é sugado e impedido de tentar pôr a “boca no trombone”. Seja livre para pensar por si mesmo e para fazer o bem. Livre-se das correntes de fracasso, de acomodados, da disposição de assentir-se com os estilos instituídos, da monotonia... E habitua-se numa vida preocupada para que ninguém morra de fome, de frio e de sede nesse mundo tão egocêntrico e hipócrita. 

quinta-feira, 30 de abril de 2015

A solução para os seus problemas – Armindo Buaes


  Certo dia um grande rei, sofria em depressão em seu castelo. Seus filhos varões brigavam na disputa pelo seu trono que por sua vez, era hereditário. Sua mulher não mais lhe procurava e angustiava só a sua presença. Seus subordinados somente o serviam porque sabiam que no final, seriam recompensados. Sua tropa estava indo à falência, estavam desmotivados, cansados e sem nenhum tipo de aspiração. Até que um dia, o rei decide consultar um sábio. Meio tímido e acanhado, o rei conta todas as suas dificuldades e espera uma solução imediata para os seus problemas.
  O sábio então foi até uma de suas salas cheias de bregueços, e levou até o rei um grande espelho empoeirado. E com um pano, passado sobre toda a sua superfície, o sábio limpa e dar brilho ao cristal. E então ele senta, olha para o rei e profere:  “Você vem até a mim procurando uma solução imediata para os seus problemas. Mas meu rei, na vida acontece inúmeros fatos que parecem ser problemas difíceis de serem resolvidos. Mas você deve saber que as dificuldades não são na verdade um problema, mas brasas quentes destinadas a polir a alma. Olhe para este espelho e você encontrará a verdadeira solução para os seus problemas!”. O rei meio confuso e sem entender quase nada, passa a mão sobre seus velhos cabelos e logo o sábio retorna a fala: “Sim... É isso mesmo. Você é a solução para os seus problemas! Não seja uma pessoa fraca de mente e que se abala facilmente. Lembre que com as pedras do caminho, você as juntará para lhe servir para subir a montanha e chegar ao topo. Os problemas aparecem para todos. Mas o segredo está em como encarar o problema e buscar uma solução para o mesmo. Assim, de problema em problema, se adquire maturidade e experiência para enfrentar os obstáculos da vida cada vez mais forte e com vontade de fazer a diferença!”
  E você? Será que procura uma solução para os seus problemas e padece diante das dificuldades da vida? A verdade é que se deve pensar mais um pouquinho no que se realmente tem feito para resolver os problemas. E assim, jamais perder o alvo!




terça-feira, 28 de abril de 2015

Ética - Armindo Buaes

  Sabe aqueles conceitos de significados de palavras que todos nós sabemos o que é. Mas que quando indagados sobre sua definição, permanecemos mudos e não conseguimos definir um conceito formal? Pois sé, a ética, uma parte da filosofia dedicada a dar-se com regras aplicadas no dia a dia e praticadas pelas pessoas, é uma delas.



  Na praticidade a ética é responsável por construir nossos princípios morais que farão nos comportar em sociedade partes de nossas personalidades. Como devemos agir e nos admitir em coletividade são responsabilidades conceptuais da ética.

  A ética trabalhista define nossos comportamentos e atitudes de como nos comportar no ambiente de trabalho. A ética social articula nossos princípios morais em convívio com outras pessoas. A ética política rege os princípios em que deputados eleitos precisam deter nesse “tabernáculo da mudança”. Sobretudo todas as éticas precisam vim de uma base. E a família e o ambiente educacional são locais propícios de ser aplicada a mesma, onde a formação da personalidade e caráter de um indivíduo ainda está em desenvolvimento. E os resultados serão satisfatórios e positivos quando formarmos o compêndio da interdisciplinaridade das variações éticas da sociedade.

  Um leopardo que adota um filhote de lebre ou um casal gay que adota um filho forma uma família? A resposta só será possível de ser encontrada dentro de uma ciência natural, voltada a estudar a vida social e comportamental de indivíduos e grupos humanos - Como a psicologia, sociologia e a filosofia -. Onde as ciências naturais e factuais não são capazes de responder. Partindo do ponto de vista científico, não se pode definir família dentro de um conceito exato e único. Já que seu significado vem de pura ideologia. A ciência tem dificuldade para definir questões éticas porque sua perspectiva é muito fechada e genérica, limitando-se a investigar seus impactos sociológicos dentro de um grupo de pessoas.

  Deve-se apostar numa ciência mais ética e flexível. Pois a mesma não pode interferir tanto na vida das pessoas a modo de nos tornarmos altamente dependentes. Desconstruir a ideia de que a ciência pode tudo, dar conta de tudo e sempre é a resposta precisa perder sua validade. Para assim se pensar com ética!



segunda-feira, 13 de abril de 2015

De flora em flora


-Fogo- Armindo Buaes

O fogo queimou!/Coitada de Dona Enloqência/Que Já não mais se sustenta/Fogo que no principio /Perdeu-se sobre os ímpios/No arder supino de cada escala/Fogo que Traz até o fundo da alma/O paradoxo da calma/Fogo que se deteve no estopim/Agora se volta contra mim/Nas florestas e vales/Animais e pragas.../O fogo se propaga/Queima a madeira e traz o eco/Derrete frigidez/E dar forma ao ferro/É o fogo da fumaça/Fogo do amor/Da explosão.../Fogo do tesão/Que tomou de conta/De uma geração.




Cada ecossistema possuí flora específica, adaptada às condições ambientais de sua região, e nós seres humanos temos nossos imperativos para que possamos viver e sobreviver no mundo contemporâneo. Mas diante deste paradoxo, a obtenção de água, extração de minério, espaços demográficos e exploração de recursos naturais são atividades exploradas que devido às nossas necessidades atuais, precisam ser supridas.
O termo sustentável tem sua origem no latim sustentare, e significa sustentar, apoiar, conservar. Sustentabilidade não significa não explorar os recursos naturais e assim pararmos de explorar o que a natureza tem a nos oferecer. Mas significa explorar, sobretudo, de forma sábia e consciente. Onde a natureza, a fauna, a flora, o meio ambiente, os ecossistemas e o meio não venham a ser perecível.  Assim, não comprometendo o futuro das gerações seguintes.
Como na lei de Lavoisier, na natureza nada se cria e nada se perde. Mas tudo se transforma. A água, o metal e a comida, por exemplo, nunca acabarão. Mas poderão serem transformados de tal forma a que venham comprometer suas variações para seus modos naturais. Por isso existe o princípio dos três “R”. Ou seja, reduzir, reutilizar e por último reciclar. Reduzir no sentido de diminuir a produção de lixo e pararmos de consumir aquilo que é supérfluo. Reutilizar, na forma de aproveitar aquilo que seria jogado fora. Utilizar restos de alimentos, folhas e matérias orgânicas para fazer compostagem – Utilizada na adubação – é uma ótima forma de utilizar aquilo que iria para o lixo, transformando sua inutilidade em utilidade para outros mecanismos. E reciclar, o último estágio, significa transformar o resíduo em novos bens de produtos ou se não nos mesmos, para serem utilizados novamente. Vidros, papeis, metais e plásticos são exemplos de matérias que podem ser recicladas e transformadas em potes de alimentos, garrafas, jornais, caixas de papelão, sacos plásticos, tubos de creme dental e etc.
Ser sustentável em um meio onde nos valemos pelos que possuímos e consumimos, e não pelo que somos, pode ser difícil, mas não impossível. No ritmo e na velocidade como a natureza está sendo destruída e como consequência desastres e impactos ambientais estão fluindo, Muito em breve, o ser sustentável será obrigado a existir.
É preciso rever alguns de nossos conceitos e encarar nossas realidades. Pois a mudança advém quando inicialmente acontece a modificação do pensamento. E será preciso colocarmos nossas próprias existência em perigo para que tomemos uma iniciativa? Pois muito em breve, a mudança será questão de vida ou morte.
Faça a sua parte! Um simples gesto e atitude sua, como jogar sempre o lixo no lixo – que ironia hein? – e poluir menos, pode influenciar e encorajar outras pessoas a terem a mesma atitude e hábito. Seja consciente e faça a sua parte! Pois de flora em flora, em tempo que a gente esquece, o planeta envelhece!



Armindo Buaes