A ciência como construção cultural e humana – Armindo Buaes
Nossa cultura é uma mistura de conhecimentos,
costumes, hábitos, crenças e definições herdadas de gerações passadas e
passadas adiante. A cultura modifica-se com o tempo, e a ciência, está ligada
nessa mudança. Lembro-me que há um tempo a ideia de um celular com tecnologias
avançadas como tirar foto, gravar vídeos, acessar e-mails, tecnologia GPS,
assistir tv e outros utensílios era completamente abstrata, mas não impossível.
Antes as drogarias vendiam somente medicamentos. Hoje, pode-se comprar celular,
alimentos, sandálias, sacar dinheiro no caixa eletrônico e até mesmo colocar
crédito no telefone celular. Daí surge a ideia de Conveniência, onde por
exemplo, não vamos mais aos postos de gasolina somente para abastecer o carro,
mas para também abastecer muitas outras necessidades. A formação de nossas
personalidades e caráteres estão ligadas a esta evolução, nos formamos humanos
capazes de aprender com o meio, e interagir de modo a contribuir para a nossa
construção humana (Formando nossos pensamentos, ideais, paradigmas,
considerações, práticas...), que só acaba quando morremos. Logo, estamos sempre
em “evolução”, sempre aprendendo novos conceitos e centralizações numa
sociedade cada vez mais complexa.
A ciência como ferramenta cultural tem
ajudado a formar o conhecimento, dessa forma, ajudado a nos formarmos humanos.
Nascemos num meio de pessoas altamente dependentes e cada uma delas impregnadas
em suas respectivas culturas. A ciência enquanto construção apraz imprópria, em
comparação a outros ensaios titulares no prodígio da ciência e admissão na
sociedade dos estilos científicos e da arte de construir.
Há interações essenciais nos paradigmas das
ciências, que nos trazem elementos para a formação da cultura principalmente
dos cientistas, que precisam usar de seus saberes aprendidos de geração em
geração para formular ideias e criar novas análises para impregnarem-se no meio
social. Os valores envolvidos na ética social de um grupo ou singular constroem
padrões que se estruturarão em culturas de forma a proporcionarem o
conhecimento humano. Desta forma, é preciso se pensar de como esse organismo
tem evoluído com o tempo, agindo em reciprocidade, criando, recriando e
modificando a personalidade, discurso e caráter humanista.
Como ferramenta de construção humana, temos incorporados os avanços
tecnológicos em nosso dia a dia. Temos nos esforçado a dominar e acompanhar os
avanços da ciência para que não fiquemos às margens dos progressos. Da mesma
forma, num ponto de vista histórico e devaneador, temos construído a nossa
própria personalidade humana em cima desses paradigmas. E por vezes,
delimitando nossos limites cominados pelos próprios padrões criados.
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