O viver – Armindo Buaes
Viver bem é terminar os estudos, trabalhar num cargo
trabalhista ganhando em torno de oito mil reais, ter um carro importado e morar
em um apartamento de luxo de uma área dita como nobre? Isso pode ser viver bem,
mas dentro de seus princípios e preceitos. Vivendo bem ou não, todos nós
vivemos. Biologicamente viver denota nascer, crescer, reproduzir e morrer! Mas
viver vai muito além que isso. Vai muito além de vivermos com nossos caprichos
e morrermos felizes. Vai muito além que conquistarmos aquilo que almejamos e
sonhamos. Viver pode ser uma das artes mais difíceis de aprender, mas também pode
ser uma das mais fáceis de se doutrinar.
Viver é
sabermos quem nós somos e de onde viemos e por que vivemos. É descobrir o
sentido da arte de viver. É descobrir e criar novas artes. Partindo de uma
definição religiosa, nós somos indivíduos em três dimensões, ou seja, em carne,
alma e espírito. Para vivermos nesse mundo precisamos ser materializados e
feitos do pó. Por isso somos carne. A alma é o nosso consciente. Como se fosse
um timoneiro controlando o seu barco. Onde todos os sentidos e vontades do
barco advêm do timoneiro. Já o espírito é o nosso corpo na dimensão espiritual.
Passando a ser ocupado pela alma logo após da morte humana. Isto é, a alma será
desconectada do corpo material (Feito de carne e osso) e se conectará ao
espírito, vivendo num mundo tão real como aqui nós vivemos. Assim continuamos a
viver em outra dimensão, mas só que agora como espíritos. Porém você pensa como
viverá após sua morte? Ou se ao menos viverá? A distinção de corpo, alma e
espírito veio para que você pudesse distinguir a diferença de ambos. E o princípio
aqui adotado é de como viver aqui nesse mundo. Ou seja, de como viver em seu
corpo de carne e osso.
Muitas pessoas
apenas existem nesse mundo. Seguindo teorias, recriando os mesmos conceitos, e
morrendo sem serem lembradas ou deixando algum legado. Viver vai além de apenas
existir! E vivemos quando sabemos que existimos em “três dimensões” e apreciamos
cada uma delas.
Uma criança se
diverte facilmente com os meios que se encontram ao seu redor. Um simples
quintal pode ser um paraíso para a criança criar suas formas de “viver bem” sua
vida e ser feliz. Precisamos viver como crianças! Criando nossos meios de ser
feliz nesse tempo de vida tão curto. E viver bem numa sociedade cada vez mais
egocêntrica e ignorante é um desafio. Por isso
não desperdice seu tempo a viver a vida de outra pessoa. Sai do conformismo e
monotonia, para viver não numa vida figurinista e tida nos padrões como classe
burguesa e “sebosa”, mas viva cada momento como se fosse o único!
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